segunda-feira, 9 de abril de 2018

Os 4 dogmas de Nossa Senhora

Os dogmas de Maria (verdades de fé declaradas por um Concílio ou por um Papa, nas quais o fiel é obrigado a acreditar e professar) foram enunciados em momentos importantes para a história da Igreja e tocam em pontos sensíveis relativos à doutrina.

1. Maternidade divina. Cristo é uma pessoa divina e Maria é a sua mãe. Foi declarado no Concílio de Éfeso, em 431. Na época a Igreja vivia uma profunda polémica interna causada pelos nestorianos, corrente muito popular entre as comunidades cristãs do Oriente. Segundo eles, Jesus tinha duas naturezas, uma humana e outra divina, mas pouco ligadas. Maria seria mãe apenas de Cristo. Para combater esse pensamento, a Igreja outorgou-lhe o título de Theotokos, expressão grega que significa 'Mãe de Deus'.

2. Virgindade perpétua. Maria foi virgem antes, durante e depois do parto. Foi declarado no segundo Concílio de Constantinopla, em 553. A virgindade de Maria é uma ideia tradicional, que remonta às origens do cristianismo, mas gerou bastante polémica ao longo da história da Igreja. Foi questionada pelos pagãos, que não compreendiam como uma virgem poderia dar à luz. Já as tendências gnósticas dentro do cristianismo achavam que Jesus era filho de José.

3. Imaculada Conceição. Maria foi durante a sua vida isenta de pecado. Todo o resto da humanidade, desde os nossos primeiros pais, nasceu com pecado original, daí a necessidade da Salvação. Proclamado pelo Papa Pio IX, teve como pano de fundo a luta que na época a Igreja travava contra o racionalismo. A corrente negava a possibilidade de forças sobrenaturais agirem no mundo. Este dogma realça justamente a intervenção directa de Deus no mundo, ao preservar Maria do pecado original.

4. Assunção. Após a morte, Maria subiu ao Céu em corpo e alma. Depois de Cristo, foi a única criatura que teve esta distinção. Foi declarado por Pio XII no pós-guerra, em 1950. Após a maciça mortantade da Segunda Guerra, o dogma fala da santidade da vida e da dignidade dos corpos humanos, ao lembrar que eles também estão destinados à Ressurreição.


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