sexta-feira, 30 de junho de 2017

Declaração do Cardeal Pell sobre as acusações de abusos sexuais

O Cardeal George Pell, chamado pelo Papa Francisco em 2014 para dirigir a Secretaria da Economia do Vaticano, foi indiciado na Austrália, seu país natal, por supostos abusos sexuais de menores. O Cardeal fez um comunicado público respondendo aos que já o dão por culpado mesmo antes do julgamento:

Bom dia a todos. Quero dizer uma ou duas palavras breves sobre a minha situação. Estes assuntos têm vindo a ser investigados ao longo dos últimos dois anos. Entretanto foram havendo fugas para os meios de comunicação social. Temos assistido a um implacável assassinato de carácter e, há mais de um mês, que surgiam rumores que uma decisão de acusação poderia estar iminente. 

Estou ansioso por, finalmente, ter o meu dia no tribunal. Estou inocente de todas as acusações. São falsas. A simples ideia de abuso sexual é abominável para mim.

Mantive o Papa Francisco, o Santo Padre, informado durante estes longos meses. Falei com ele várias vezes na última semana, mais recentemente, penso há um dia ou dois. Conversámos sobre a minha necessidade de tirar uma licença para limpar o meu nome. Estou muito grato ao Santo Padre por me dar esta licença para retornar à Austrália. Falei com os meus advogados sobre quando será isso necessário. Falei com meus médicos sobre a melhor maneira de conseguir isso.

Durante todo o tempo, mantive-me completamente inamovível e claro na minha rejeição total dessas alegações. As notícia sobre essas acusações dão-me ainda mais vontade de esclarecer esta situação. Os processos judiciais oferecem-me agora uma oportunidade de limpar meu nome e voltar aqui a Roma para trabalhar.


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quarta-feira, 28 de junho de 2017

Bispo americano: "casais" do mesmo sexo não podem receber Comunhão nem ter ritos fúnebres

O Bispo de Springfield (EUA), Mons. Thomas Paprocki, emitiu um decreto no qual explica que as pessoas envolvidas em relações com pessoas do mesmo sexo não podem receber a Sagrada Comunhão nem sequer têm direito aos ritos fúnebres católicos, a não ser que tenham dado sinais de arrependimento antes da morte.

Sendo um pecado grave e público, o Bispo limitou-se a explicar a doutrina da Igreja em relação a esta matéria e a esclarecer os seus sacerdotes e os seus fiéis de como devem agir nestes casos. O decreto explica ainda que as pessoas que se encontram nesse tipo de relações não podem ser padrinhos de Baptismo nem de Crisma, nem sequer ser leitores ou ministros na Liturgia.

As crianças que vivem com pessoas nessa situação poderão receber os sacramentos desde que existam garantias que estão preparadas e que serão sempre educadas na Fé católica. 

Os sacerdotes estão proibidos de participar ou abençoar "casamentos" entre pessoas do mesmo sexo, e nenhum destes "casamentos" poderá ocorrer em edifícios da diocese.

Mons. Paprocki explica ainda que todas as pessoas devem ser respeitadas. E que será justamente punido quem violar as disposições deste decreto: http://www.dio.org/uploads/files/Communications/Press_Releases/2017/20170623Same-Sex_Marriage_Policies_Decree_6-12-2017.pdf


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segunda-feira, 26 de junho de 2017

Cardeal Burke conta como começou a Missa Antiga na sua antiga diocese



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São Josemaria explica que as verdades de Fé e Moral não mudam

Permitam-me que insista repetidamente: as verdades de fé e de moral não se determinam por maioria de votos, porque compõem o depósito – depositum fidei – entregue por Cristo a todos os fiéis e confiado, na sua exposição e ensino autorizado, ao Magistério da Igreja.

Seria um erro pensar que, pelo facto de os homens já terem talvez adquirido mais consciência dos laços de solidariedade que mutuamente os unem, se deva modificar a constituição da Igreja, para a pôr de acordo com os tempos. Os tempos não são dos homens, quer sejam ou não eclesiásticos; os tempos são de Deus, que é o Senhor da História. E a Igreja só poderá proporcionar a salvação às almas, se permanecer fiel a Cristo na sua constituição, nos seus dogmas, na sua moral. 

in Amar a Igreja, 30–31


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domingo, 25 de junho de 2017

Temos de purificar a alma pela obediência à verdade

«Castificantes animas nostras in obedientia veritatis» (1Pe 1, 22). A obediência à verdade deveria "castificar" a nossa alma, e desta forma guiar à recta palavra e à recta acção. Por outras palavras, falar para encontrar aplausos, falar orientando-se segundo o que os homens querem ouvir, falar em obediência à ditadura das opiniões comuns, é considerado como uma espécie de prostituição da palavra e da alma. 

A "castidade" à qual o apóstolo Pedro faz alusão não é submeter-se a estes protótipos, não procurar os aplausos, mas procurar a obediência à verdade. E penso que esta seja a virtude fundamental do teólogo, esta disciplina até severa da obediência à verdade que nos torna colaboradores da verdade, boca da verdade, porque não falemos neste rio de palavras de hoje, mas realmente purificados e tornados castos pela obediência à verdade, a verdade fale em nós. E desta forma podemos ser verdadeiramente portadores da verdade.

Papa Bento XVI na homilia da Missa com os Membros da Comissão Teológica internacional (06.X.2006)


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quinta-feira, 22 de junho de 2017

Tentaram impedir que os militares participassem na procissão do Santíssimo em Toledo

Primeiro proibiram. Depois disseram que os militares poderiam ir em regime de voluntariado, explicando que nenhum estava obrigado. Os militares responderam aos políticos com uma presença maciça na procissão de 'Corpus Christi', como se pode ver no vídeo. Nesse dia, em Toledo, a temperatura ultrapassava os 40ºC. É bom ver que as forças armadas continuam fiéis à Tradição. 


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terça-feira, 20 de junho de 2017

Os 4 Cardeais dos 'Dubia' escreveram nova carta ao Papa Francisco

Em Novembro de 2016 foi divulgada uma carta aberta ao Papa escrita por 4 Cardeais, contendo algumas dúvidas sobre a 'Amoris Laetitia'. Esta Exortação Apostólica do Papa Francisco tem estado envolta em polémica porque tem sido interpretada por muitos Bispos de forma contrária à doutrina católica sem que a Santa Sé os corrija. 

Os 4 Cardeais voltaram agora a escrever ao Papa Francisco, num texto assinado pelo Cardeal Carlo Cafarra e divulgado hoje no blogue do vaticanista Sandro Magister. A carta foi escrita no dia 25 de Abril e entregue ao Papa no dia 6 de Maio. Vale a pena ler este texto que tão bem expressa o sentido de obediência ao Sucessor de Pedro mas também a obrigação de defender as verdades da fé católica. 

"A nossa consciência força-nos…"

Beatíssimo Padre,

é com uma certa trepidação que me dirijo a Vossa Santidade nestes dias do tempo pascal. Faço-o em nome dos Em.mos Senhores Cardeais Walter Brandmüller, Raymond L. Burke, Joachim Meisner, e em meu próprio nome.

Desejamos antes de mais renovar a nossa absoluta dedicação e o nosso amor incondicionado à Cátedra de Pedro e à Vossa augusta pessoa, na qual reconhecemos o Sucessor de Pedro e o Vicário de Jesus: o “doce Cristo na terra”, como gostava de dizer Sta. Catarina de Sena. Não é a nossa em absoluto aquela posição de quantos consideram vacante a Sede de Pedro, nem a de quem pretende atribuir também a outros a responsabilidade indivisível do “munus” petrino. Move-nos tão-só a consciência da responsabilidade grave que provém do “munus” cardinalício: ser conselheiros do Sucessor de Pedro no seu ministério soberano; e do Sacramento do Episcopado, que “nos constituiu como bispos para apascentar a Igreja, por Ele adquirida com o seu próprio sangue” (Act 20, 28).

A 19 de Setembro de 2016, entregámos a Vossa Santidade e à Congregação para a Doutrina da Fé cinco “dubia”, rogando-Lhe que dirimisse incertezas e fizesse clareza sobre alguns pontos da Exortação Apostólica pós-sinodal “Amoris Laetitia”.

Não tendo recebido qualquer resposta da parte de Vossa Santidade, chegámos a decisão de, respeitosa e humildemente, pedir-Lhe Audiência, conjunta, se assim Lhe aprouver. Juntamos, como é praxe, uma Folha de Audiência em que expomos os dois pontos que desejaríamos poder tratar com Vossa Santidade.

Beatíssimo Padre,

passou já um ano desde a publicação de “Amoris Laetitia”. Neste período foram dadas em público interpretações de alguns passos objectivamente ambíguos da Exortação pós-sinodal, não divergentes do, mas contrárias ao permanente Magistério da Igreja. Conquanto o Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé tenha declarado mais de uma vez que a doutrina da Igreja não mudou, apareceram numerosas declarações de bispos, cardeais e até mesmo de conferências episcopais, que aprovam o que o Magistério da Igreja jamais aprovou. Não apenas o acesso à Santa Eucaristia daqueles que objectiva e publicamente vivem numa situação de pecado grave, e pretendem nela continuar, mas também uma concepção da consciência moral contrária à Tradição da Igreja. Sucede assim – oh, e quão doloroso é vê-lo! – que o que é pecado na Polónia é bom na Alemanha, o que é proibido na Arquidiocese de Filadélfia é lícito em Malta, e assim por diante. Vem-nos à mente a amarga constatação de B. Pascal: “Justiça do lado de cá dos Pirenéus, injustiça do lado de lá; justiça na margem esquerda do rio, injustiça na margem direita”.

Numerosos leigos competentes, que amam profundamente a Igreja e são solidamente leais à Sé Apostólica, dirigiram-se aos seus Pastores e a Vossa Santidade, para serem confirmados na Santa Doutrina no que respeita aos três sacramentos do Matrimónio, da Confissão e da Eucaristia. Aliás, nestes últimos dias, em Roma, seis leigos provenientes de todos os Continentes propuseram um Seminário de estudo que contou com grande assistência, e que deu pelo título significativo de: “Fazer clareza”.

Diante de tão grave situação, em que muitas comunidades cristãs se estão a dividir, sentimos o peso da nossa responsabilidade, e a nossa consciência força-nos a pedir humilde e respeitosamente Audiência.

Apraza a Vossa Santidade recordar-se de nós nas Vossas orações, como nós Vos asseguramos que o faremos nas nossas; e pedimos o dom da Vossa Bênção Apostólica.

Carlo Card. Caffarra

Roma, 25 de Abril de 2017
Festa de São Marcos Evangelista

*

FOLHA DE AUDIÊNCIA

1. Pedido de clarificação dos cinco pontos indicados nos “dubia”; razões para tal pedido.

2. Situação de confusão e desorientação, sobretudo entre os pastores de almas, "in primis" os párocos.


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segunda-feira, 19 de junho de 2017

O incrível milagre eucarístico de Sokólka

Todos os dias, em todos os altares do mundo, dá-se o maior milagre possível: o da transformação do pão e do vinho no verdadeiro Corpo e Sangue de Jesus Cristo. No entanto, ao recebermos a comunhão, podemos tocá-lO apenas pela fé, pois aos nossos sentidos é oferecida apenas a forma do pão e do vinho fisicamente inalteradas pela consagração. O que é que, afinal, traz à nossa fé o acontecimento eucarístico de Sokólka?

Foi no domingo, 12 de Outubro de 2008, logo após a beatificação do servo de Deus Pe. Miguel Sopocko. Durante a Santa Missa iniciada na igreja paroquial de St. António de Sokólka às 8h30, durante a distribuição da Comunhão, caiu a um dos sacerdotes aos pés do altar uma Hóstia consagrada. O sacerdote interrompeu a distribuição da Comunhão, pegou nela e, de acordo com as normas litúrgicas, colocou-a no vasculum, um pequeno recipiente com água que se encontra normalmente ao lado do sacrário, servindo para o sacerdote lavar os dedos após a distribuição da Comunhão. A Hóstia deveria dissolver-se nesse recipiente.

No fim da Missa, a irmã Júlia Dubowska, sacristã da Congregação das Irmãs Eucarísticas, em serviço na paróquia, tendo a consciência de que a Hóstia consagrada levaria algum tempo a dissolver-se, a pedido do Pe. Stanislaw Gniedziejko, pároco da paróquia, despejou o conteúdo do vasculum noutro recipiente e colocou-o no cofre que se encontra na sacristia da paróquia. Só a Irmã e o Pároco tinham as chaves do cofre.

Ao fim de uma semana, no dia 19 de Outubro, Domingo das missões, a irmã Júlia – questionada pelo pároco sobre o estado da Hóstia – foi ver o cofre. Ao abrir a porta, sentiu um aroma delicado a pão ázimo. Quando abriu o recipiente, viu a água limpa com a Hóstia a dissolver-se e no meio desta uma mancha arqueada com uma cor vermelha intensa, lembrando um coágulo de sangue, com a forma de uma espécie de partícula viva de um corpo. A água permanecia incolor.

A Irmã informou imediatamente o Pároco, que veio logo com os sacerdotes locais e o missionário Pe. Ryszard Górowski. Todos ficaram surpreendidos e atónitos com o que viram.

Mantiveram discrição e prudência, não esquecendo o peso do acontecimento, pois tratava-se de Pão consagrado que, pelo poder das palavras de Cristo no Cenáculo, é verdadeiramente o Seu Corpo. Do ponto de vista humano, foi difícil definir se a forma alterada do fragmento da Hóstia é o resultado de uma reacção orgânica, química ou de outro tipo de acção.

Imediatamente notificaram do sucedido o Arcebispo Metropolitano de Bialystok, Edward Ozorowski, que se dirigiu a Sokólka juntamente com o chanceler da cúria, os sacerdotes prelados e catedráticos. Todos ficaram profundamente comovidos com o que viram. O Arcebispo mandou proteger a Hóstia, esperar e observar o que iria acontecer.

No dia 29 de Outubro, o recipiente com a Hóstia foi transportado para a capela da Misericórdia Divina na casa paroquial e colocado no sacrário. No dia seguinte, por decisão do Arcebispo, retirou-se a Hóstia com a mancha visível da água, colocou-se num pequeno corporal e em seguida no sacrário. Deste modo se conservou a Hóstia durante três anos, até ter sido solenemente levada para a igreja, no dia 2 de Outubro de 2011. Durante o primeiro ano foi guardada em segredo. Foi um tempo de reflexão sobre o que fazer, pois tratava-se de um sinal de Deus que era necessário interpretar.

Até meados de Janeiro de 2009, o fragmento da Hóstia alterada secou de forma natural e permaneceu como coágulo de sangue. Desde essa altura não mudou de aparência.

Em Janeiro de 2009, o Arcebispo ordenou que se fizessem análises pato-morfológicas à Hóstia e a 30 de Março desse ano criou uma comissão eclesial para analisar o fenómeno.

O fragmento da Hóstia em forma alterada recolhido foi analisado pela Prof. Dr.ª Maria Sobaniec-Lotowska e pelo Prof. Dr. Stanislaw Sulkowski – de forma independente um do outro, com vista a uma maior credibilidade dos resultados, – pato-morfologistas da Universidade de Medicina de Bialystok. As análises foram realizadas no Instituto de Pato-morfologia dessa universidade. O trabalho de ambos os especialistas foi regido pelas normas e obrigações dos cientistas para analisar cada problema científico de acordo com as directrizes do Comité de Ética da Ciência da Academia das Ciências Polacas. As análises foram descritas e fotografadas exaustivamente. A documentação completa foi entregue à Curia Metropolitana de Bialystok.


Quando foram recolhidas as amostras para análise, a parte não dissolvida da Hóstia consagrada estava já embebida no tecido. Porém, a estrutura de sangue acastanhado do fragmento da Hóstia não perdeu nada da sua clareza. Este fragmento estava seco e frágil, intimamente ligado à restante parte da Hóstia em forma de pão. A amostra recolhida foi o suficiente para realizar todas as análises indispensáveis.

Os resultados de ambas as análises independentes sobrepuseram-se completamente. Concluíram que a estrutura do fragmento da Hóstia analisado é idêntica a tecido do músculo do coração de uma pessoa viva, mas em estado de agonia. A estrutura da fibra do músculo do coração e a estrutura do pão estavam interligadas de forma muito estreita, de forma impossível de realizar por ingerência humana (vide declaração da Prof. M. Sobaniec-Lotowska na reportagem “O Milagre Eucarístico de Sokólka”, Lux Veritatis 2010).

As análises realizadas provaram que não foi adicionada nenhuma outra substância à Hóstia consagrada, mas que o seu fragmento tomou a forma de tecido do músculo do coração de uma pessoa em estado de agonia. Este tipo de fenómeno não é explicável pelas ciências naturais, sendo que os ensinamentos da Igreja nos dizem que a Hóstia entregue para análise é o Corpo do próprio Cristo pelo poder das Suas próprias palavras proferidas durante a Última Ceia.

O resultado das análises pato-morfológicas datadas de 21 de Janeiro de 2009 foram incluídas no protocolo entregue na Cúria Metropolitana de Bialystok.

Para concluir, no comunicado oficial que emitiu, a Cúria Metropolitana de Bialystok afirmou o seguinte: «O acontecimento de Sokolka não se opõe à fé da Igreja, antes pelo contrário, confirma-a. A Igreja professa que, após as palavras da consagração, pelo poder do Espírito Santo, o pão se transforma no Corpo de Cristo e o vinho no Seu Sangue. Para além disso, trata-se de um chamamento para que os ministros da Eucaristia distribuam o Corpo do Senhor com fé e cuidado e que os fiéis O recebam com adoração.»


in sokolka.archibial.pl


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domingo, 18 de junho de 2017

Oração por Portugal



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Há várias décadas que Inglaterra não via uma ordenação sacerdotal em Rito Antigo

Ninguém se lembra ao certo quando foi a última ordenação sacerdotal seguindo o Rito Romano Antigo em Inglaterra mas hoje voltou a acontecer. O Arcebispo de Liverpool, Mons. Malcolm McMahon, ordenou dois sacerdotes da Fraternidade Sacerdotal de São Pedro (FSSP): Alex Stewart e Krzysztof Sanetra. Rezemos pelo ministério destes novos sacerdotes que tanta falta fazem à Igreja.









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sábado, 17 de junho de 2017

Jovem dominicana: "Deus chamou-me no YouTube"

"Imagina que tens 26 anos e vives com outras quinze mulheres como tu. Não podes deixar a casa onde estás, não podes casar, levantas-te às 5h20 da manhã e só podes falar 2 vezes por dia". Começa assim o artigo da "Marie Claire" da África do Sul que dedicou à jovem Lauren Franko.
Embora Lauren já não use esse nome, mas faz-se passar por Irmã Maria Teresa do Sagrado Coração. Sim, concluíram bem: Lauren é religiosa.

A vocação dela contada numa revista de moda
Com faces coradas e sorriso contagiante, Lauren conta a história à revista. Com naturalidade e sinceridade, alegria e leveza. Tanto que a jornalista não hesita em retratá-la como «uma pessoa com mente brilhante e um grande sentido de humor».
E como é que se fez freira? Lauren conta que sempre quis ser, mas percebeu que nem sempre era compreendida quando na sua infância dizia que o que ela queria ser quando fosse grande era religiosa. «Por isso, quando um dia pediram na escola que nos vestíssimos daquilo que quiséssemos ser em adultos, eu vesti-me de criadora de gado».
Abandona a Igreja e experimenta outras religiões
Depois veio a adolescência e Lauren desorientou-se. Abandonou a Igreja e experimentou outras religiões. Realmente, experimentou de tudo: «Pensava que era normal e que isso me faria bem. Mas a verdade é que fiquei vazia. A nossa sociedade nunca diz: "Se isto não deu, experimenta com Deus"».
Regresso à Igreja católica
Cansada com o vazio, regressou à Igreja Católica. Na universidade recomeçou a fazer oração e, embora continuasse a ter um namorado, o desejo de ser freira regressou. No entanto, julgava que por causa do que tinha vivido na adolescência não poderia vir a ser; e andava muito triste com isso.
O YouTube e uma música
«Certa noite, no meu quarto, comecei a rezar. Mas também queria ouvir a minha música favorita. Pus os headphones e fui ao YouTube buscar a música. Mas em vez de ouvir a canção, ouvi a letra: "Queres casar comigo". Imediatamente desliguei a música e disse "sim" a Deus. De alguma forma, eu já tinha tomado a decisão, mas isto confirmou-me».
À volta, incompreensão
A reacção nos círculos mais próximos foi terrível: os pais irritaram-se com ela, as amigas quiseram chantageá-la dizendo que ia perder a liberdade e ia entrar num ambiente patriarcal que a ia escravizar. Mas nada travou a decisão de Lauren, que entrou no mosteiro dominicano de Summit, New Jersey (EUA), com 20 anos de idade.
Admiração da jornalista
A pergunta agora é simples: de que forma tratou uma revista de moda como a Marie Claire a vida de uma jovem de 20 anos dentro de quatro paredes de um mosteiro? A resposta é simples: com admiração. Basta ler o artigo e reler o relato das orações, do trabalho manual, do silêncio que vivem durante o dia (refeições também), as penitências que fazem para bem do mundo, incluindo a vida de castidade.
«A dificuldade – diz sobre este assunto a agora Irmã Maria Teresanão está tanto em renunciar à actividade sexual, como em renunciar à proximidade e sintonia de uma relação matrimonial. Eu renunciei voluntariamente à possibilidade de ter um marido com quem caminhar na vida, com quem partilhar alegrias e tristezas, renunciei a abraçar e a ser abraçada. E é difícil, sobretudo nos momentos em que Deus parece estar distante».
Sexualidade e celibato
Mas nem tudo é renúncia: «A sexualidade é uma realidade que deve ser valorizada, e eu valorizo-a. O vazio que esta falta de relação deixa é provocado precisamente para poder abrir um espaço para Deus. Porque, ainda que esse vazio possa ser difícil, é também a minha grande satisfação. Tenho uma paixão profunda por Deus! E sendo freira possa amar da maneira mais radical possível: renunciando a tudo pelo meu Amor. Esta relação é muito mais intensa do que qualquer relação humana pode ser. É verdade, tenho esposo: Deus».
A família e a vocação
Com o andar do tempo, a família aceitou a vocação de Lauren e, uma vez por mês, visita-a. E mesmo continuando a ser difícil - «tenho saudades de ir às compras ou de ir à missa com a minha mãe», reconhece Lauren – o sorriso não larga o seu rosto. De facto, daqui um ano professará os votos solenes... e não tem medo daquilo que está para vir!
Selar um casamento com Deus
«Quando o fizer, renunciarei a ter seja o que for; ficarei ligada até à morte. Pensei muito neste passo e vou dá-lo com muita segurança». E assim selará o casamento com Deus tão desejado por ela: um casamento que surpreende até revistas como a Marie Claire, e que teve o seu primeiro sinal naquela tarde em que ouvia no YouTube a canção preferida.


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quarta-feira, 14 de junho de 2017

Cardeal Burke fala-nos sobre Fátima

O Cardeal Raymond Burke dirigiu algumas palavras aos leitores do blogue Senza sobre os cem anos das aparições de Fátima:
Legendas no YouTube


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segunda-feira, 12 de junho de 2017

Papa Francisco ameaça suspender todos os sacerdotes de diocese africana

Ahiara, uma diocese da Nigéria, encontra-se numa situação peculiar: O Bispo Peter Ebere Okpaleke espera há 4 anos a tomada de posse, algo que tem sido recusado pelos próprios sacerdotes de Ahiara, por vir de uma região com muito menos vocações sacerdotais. O Papa Francisco recebeu uma comitiva dessa diocese e manifestou a sua tristeza pela situação e exigiu que cada um dos sacerdotes lhe escrevesse uma carta endereçada pessoalmente a pedir perdão. Caso algum deles não o faça no prazo de 30 dias fica automaticamente suspenso 'a divinis', isto é sem poder celebrar os sacramentos, pelo menos publicamente. Assim declarou o Papa:  

A Igreja encontra-se em estado de viuvez por o Bispo ter sido impedido de tomar posse. Lembrei-me muitas vezes da parábola dos vinhateiros assassinos, de que fala o Evangelho (cfr. Mt 21, 33-44) ... que querem apropriar-se da herança. Nesta situação, a Diocese de Ahiara está como sem esposo, perdeu a fecundidade e não pode dar fruto.

Aqueles que se opuseram à tomada de posse do Bispo Okpaleke querem destruir a Igreja; isso não é permitido; talvez eles não se apercebam, mas a Igreja está sofrendo, e o Povo de Deus sofre com ela. O Papa não pode ficar indiferente. (...)

Eu acho que aqui não é um caso de tribalismo, mas da apropriação da vinha do Senhor. A Igreja é Mãe e quem a ofende comete um pecado mortal, é grave. Decidi não suprimir a diocese. No entanto, gostaria de dar algumas indicações que devem ser comunicadas a todos: em primeiro lugar deve-se dizer que o Papa está profundamente entristecido, portanto, peço que cada sacerdote ou clérigo incardinado na Diocese de Ahiara, quer seja residente, quer trabalhe em outro lugar, até mesmo fora do País, escreva uma carta dirigida à minha pessoa na qual pede perdão; todos devem escrever individualmente e pessoalmente; devemos todos ter esta dor em comum.

Na carta

1. quem a escreve deve manifestar claramente total obediência ao Papa, e
2. quem a escreve deve estar disposto a aceitar o Bispo que o Papa envia e o Bispo nomeado.
3. A carta deve ser enviada no prazo de 30 dias a partir de hoje, isto é até 9 de Julho p.v. Quem não o fizer fica 'ipso facto' suspendo 'a divinis' e perde o seu ofício eclesiástico. (...)


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sábado, 10 de junho de 2017

Peregrinação Paris-Chartres 2017

Esta peregrinação junta milhares de pessoas todos os anos por altura do Pentecostes. Este ano foram 13 mil peregrinos, a grande maioria jovens, com uma média de idades que rondava os 20 anos. São 3 dias de grandes caminhadas, muita oração e muita alegria. Toda a liturgia é Tradicional: Missas celebradas em Rito Antigo, o que parece não afastar os mais novos...muito pelo contrário. Este evento é um grande sinal de esperança. Um sinal que a Igreja está viva!


Vídeo: The Remnant


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quarta-feira, 7 de junho de 2017

Papa Bento XVI fala-nos sobre a unidade e o Pentecostes

 Queridos irmãos e irmãs!

Sinto-me feliz por celebrar convosco esta Santa Missa, animada hoje também pelo Coro da Academia de Santa Cecília e pela Orquestra juvenil — à qual agradeço — na Solenidade de Pentecostes. Este mistério constitui o baptismo da Igreja, é um acontecimento que lhe conferiu, por assim dizer, a forma inicial e o estímulo para a sua missão. E esta «forma» e «estímulo» são sempre válidos, sempre actuais, e renovam-se de modo particular mediante as acções litúrgicas. Esta manhã gostaria de meditar sobre um aspecto essencial do mistério do Pentecostes, que nos nossos dias conserva toda a sua importância. O Pentecostes é a festa da união, da compreensão e da comunhão humana. Todos podemos constatar como no nosso mundo, mesmo se estamos cada vez mais próximos uns dos outros com o progresso dos meios de comunicação, e as distâncias geográficas parecem desaparecer, a compreensão e a comunhão entre as pessoas muitas vezes é superficial e difícil. Permanecem desequilíbrios que com frequência levam a conflitos; o diálogo entre as gerações torna-se difícil e por vezes prevalece a contraposição; assistimos a factos quotidianos nos quais nos parece que os homens estão a tornar-se mais agressivos e mais conflituosos; compreender-se parece demasiado comprometedor e prefere-se permanecer no próprio eu, nos próprios interesses. Nesta situação, podemos deveras encontrar e viver aquela unidade da qual temos necessidade?

A narração do Pentecostes nos Actos dos Apóstolos, que ouvimos na primeira leitura (cf. 2, 1-11), contém um panorama dos últimos grandes afrescos que encontramos no início do Antigo Testamento: a antiga história da construção da Torre de Babel. Mas o que é Babel? É a descrição de um reino no qual os homens concentraram tanto poder que pensaram que já não precisavam de fazer referência a um Deus distante e deste modo eram tão fortes que podiam construir sozinhos um caminho que leva ao céu para abrir as suas portas e pôr-se no lugar de Deus. Mas precisamente nesta situação verifica-se algo anómalo e singular. Enquanto os homens estavam a trabalhar juntos, construindo a torre, repentinamente deram-se conta de que estavam a construir um contra o outro. Enquanto tentavam ser como Deus, corriam o perigo de nem sequer ser mais homens, porque tinham perdido um elemento fundamental do ser pessoas humanas: a capacidade de se aproximarem, de se compreenderem e de trabalhar juntos.

Esta narração bíblica contém uma sua verdade perene; podemos vê-la ao longo da história, mas também no nosso mundo. Com o progresso da ciência e da técnica alcançamos o poder de dominar forças da natureza, de manipular os elementos, de fabricar seres vivos, chegando quase até ao próprio ser humano. Nesta situação, rezar a Deus parece algo superado, inútil, porque nós próprios podemos construir e realizar tudo o que queremos. Mas não nos apercebemos de que estamos a viver a mesma experiência de Babel. É verdade, multiplicámos as possibilidades de comunicar, de obter informações, de transmitir notícias, mas podemos dizer que aumentou a capacidade de nos compreendermos ou talvez, paradoxalmente, entendemo-nos cada vez menos? Entre os homens não parece porventura que se insinua um sentido de desconfiança, de suspeita, de receio recíproco, até nos tornarmos inclusive perigosos uns para os outros? Voltemos então à pergunta inicial: pode haver deveras unidade, concórdia? E como?

Encontramos a resposta na Sagrada Escritura: só pode haver unidade com o dom do Espírito de Deus, o qual nos dará um coração novo e uma língua nova, uma capacidade nova de comunicar. E foi isto que se verificou no Pentecostes. Naquela manhã, cinquenta dias depois da Páscoa, um vento impetuoso soprou sobre Jerusalém e a chama do Espírito Santo desceu sobre os discípulos reunidos, pousou sobre cada um e acendeu neles o fogo divino, um fogo de amor, capaz de transformar. O receio desapareceu, o coração sentiu uma nova força, as línguas soltaram-se e começaram a falar com franqueza, de modo que todos pudessem compreender o anúncio de Jesus Cristo morto e ressuscitado. No Pentecostes, onde havia divisão e indiferença, surgiram unidade e compreensão.

Mas olhemos para o Evangelho de hoje, no qual Jesus afirma: «Quando vier o Espírito da Verdade, Ele guiar-vos-á para a verdade total» (Jo 16, 13). Aqui Jesus, falando do Espírito Santo, explica-nos o que é a Igreja e como ela deva viver para ser ela mesma, para ser o lugar da unidade e da comunhão na Verdade: diz-nos que agir como cristãos significa não nos fecharmos no próprio «eu», mas orientarmo-nos para o todo: significa acolher em nós mesmos a Igreja inteira ou, ainda melhor, deixar que ela nos acolha interiormente. Então, quando eu falo, penso, ajo como cristão, não o faço fechando-me no meu eu, mas faço-o sempre no todo e a partir do todo: assim o Espírito Santo, Espírito de unidade e de verdade, pode continuar a ressoar nos nossos corações e nas mentes dos homens e estimulá-los a encontrar-se e a aceitar-se uns aos outros. O Espírito, precisamente pelo facto de que age desta forma, introduz-nos em toda a verdade, que é Jesus, guia-nos no seu aprofundamento e compreensão: não crescemos no conhecimento fechando-nos no nosso eu, mas unicamente tornando-nos capazes de ouvir e partilhar, só no «nós» da Igreja, com uma atitude de profunda humildade interior. E desta forma torna-se mais claro por que motivo Babel é Babel e o Pentecostes é o Pentecostes. Onde os homens pretendem tornar-se Deus, podem unicamente pôr-se uns contra os outros. Ao contrário, onde estão na verdade do Senhor, abrem-se à acção do seu Espírito que os ampara e une.

A contraposição entre Babel e o Pentecostes é repetida também na segunda leitura, onde o Apóstolo diz: «Caminhai segundo o Espírito e não sereis levados a satisfazer o desejo da carne» (Gl 5, 16). São Paulo explica-nos que a nossa vida pessoal está marcada por um conflito interior, por uma divisão, entre os impulsos que provêm da carne e os que derivam do Espírito; e nós não podemos segui-los todos. Com efeito, não podemos ser contemporaneamente egoístas e generosos, seguir a tendência de dominar os outros e sentir a alegria do serviço abnegado. Devemos escolher sempre que impulso seguir e só o podemos fazer de modo autêntico com a ajuda do Espírito de Cristo. São Paulo enumera — como ouvimos — as obras da carne, que são os pecados de egoísmo e de violência, como inimizade, discórdia, ciúmes, desentendimentos; são pensamentos e acções que não fazem viver de modo deveras humano e cristão, no amor. É uma orientação que leva a perder a própria vida. Ao contrário, o Espírito Santo guia-nos rumo às alturas de Deus, porque podemos viver já nesta terra o germe de vida divina que está em nós. Com efeito, são Paulo afirma: «O fruto do Espírito é amor, alegria e paz» (Gl 5, 22). E vemos que o Apóstolo usa o plural para descrever as obras da carne, que provocam a dispersão do ser humano, enquanto usa o singular para definir a acção do Espírito, fala de «fruto», precisamente como à dispersão de Babel se contrapõe a unidade do Pentecostes.

Queridos amigos, devemos viver segundo o Espírito de unidade e de verdade, e por isto temos que rezar a fim de que o Espírito nos ilumine e guie para vencermos o fascínio de seguir verdades nossas, e acolhermos a verdade de Cristo transmitida na Igreja. A narração do Pentecostes em Lucas diz-nos que Jesus antes de subir ao céu pediu aos Apóstolos que permanecessem juntos para se prepararem para receber o dom do Espírito Santo. E assim reuniram-se em oração com Maria no Cenáculo na expectativa do acontecimento prometido (cf. Act 1, 14). Recolhida com Maria, como no seu nascer, a Igreja reza também hoje: «Veni Sancte Spiritus! — Vem, Espírito Santo, enche os corações dos teus filhos e acende neles o fogo do teu amor!». Amém.

Papa Bento XVI, in Basílica Vaticana na Solenidade de Pentecostes de 2012


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Encontro com D. Athanasius Schneider no dia 14 de Julho em Fátima

Neste ano do Centenário de Fátima, vários Bispos de países que pertenciam à União Soviética irão em peregrinação ao Santuário nos dias 12 e 13 de Julho; exactamente 100 anos depois da promessa de Nossa Senhora sobre a conversão da Rússia.

Um dos ilustres peregrinos será o nosso já conhecido D. Athanasius Schneider, que terá no dia 14 de Julho um tempo dedicado aos fiéis que se quiserem juntar a ele.

O programa será o seguinte:

10 horas: Santa Missa, rezada por Sua Excelência Reverendíssima o Senhor Dom Athanasius Schneider. Lugar: Capela da Ressurreição da Igreja da Santíssima Trindade (igreja nova), no Santuário de Nossa Senhora do Rosário de Fátima

11, 30 horas: Conferência por Sua Excelência Reverendíssima o Senhor Dom Athanasius Schneider, dedicada ao tema “O Significado Profético Extraordinário da Mensagem de Fátima”. Lugar: Hotel de Santo Amaro, Rua Francisco Marto, 59, Fátima, numa sala gentilmente oferecida pela sua proprietária, Senhora D. Odete Marto (prima de Santa Jacinta e de São Francisco Marto). A entrada será livre, não sendo necessário reserva.

13 horas: Almoço com Sua Excelência Reverendíssima o Senhor Dom Athanasius Schneider. Lugar: Restaurante do Hotel de Santo Amaro, Rua Francisco Marto, 59, Fátima. O preço do prato é 15€; para reservar lugar deve enviar um email para fatima@adelantelafe.com, indicando o nome. Pagar-se-á no local.


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terça-feira, 6 de junho de 2017

Papa Francisco responde aos que dizem que o Diabo não existe

Há quem diga, por aí, que o Diabo é apenas uma figura simbólica, que não existe realmente. Isto apesar da Sagrada Escritura dizer que existe, apesar de todo o Magistério da Igreja dizer que existe e apesar de todos os Papas terem dito que existe, incluindo...o Papa Francisco. Como é que um católico pode negar algo tão evidente?


Vídeo: EWTN


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sexta-feira, 2 de junho de 2017

Presidente Russo venera relíquias de São Nicolau e agradece ao Papa

Graças a um acordo entre a Santa Sé e o Patriarca de Moscovo foram cedidas (até ao fim de Julho) relíquias, restos mortais, de São Nicolau de Bari para a Catedral do Salvador em Moscovo. Também conhecido por São Nicolau taumaturgo, graças aos muitos milagres, tornou-se famoso por ter dado uma bofetada ao herege Ário em pleno Concílio de Niceia (325 d.C.). Este santo é o Padroeiro da Rússia, daí que esta concessão seja de grande valor para os russos. 

Isso mesmo foi confirmado por Vladimir Putin, que prontamente se dirigiu à Catedral para venerar as relíquias de São Nicolau. Mostrando a sua satisfação, agradeceu publicamente ao Papa:

"Estamos gratos ao Papa Francisco e à Santa Sé pela decisão de aceitar o pedido do Patriarca. A Igreja desempenha um papel muito importante na construção de pontes entre os povos."


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quinta-feira, 1 de junho de 2017

A Excelência do Rosário - Pe. Duarte Sousa Lara

Ontem, em Lisboa, na paróquia de Nossa Senhora da Encarnação no Chiado, o Padre Duarte Sousa Lara deu uma conferência sobre "A Excelência do Rosário", inserida num curso sobre o Rosário.

O Padre Duarte Sousa Lara é exorcista da diocese de Lamego desde 2008, tendo sido antes discípulo do Pe. Gabriel Amorth, conhecido exorcista da diocese de Roma que morreu há poucos meses, licenciado em teologia pela Pontifícia Universidade da Santa Cruz em Roma, e fã de desportos radicais. É o exorcista português mais conhecido e uma autoridade na matéria.
O blogue Senza marcou presença e apresenta aqui um resumo da conferência do Pe. Duarte:

O Padre Duarte começou por explicar a importância da virtude da perseverança na nossa vida e como o Rosário é também uma oração de perseverança. Depois prosseguiu contando como surgiu o Rosário, com S. Domingos de Gusmão, contando como as pregações do Santo não pareciam dar frutos, por melhor preparadas que fossem. Ora, certo dia Nossa Senhora aparece a S. Domingos, entrega-lhe o Rosário juntamente com 15 promessas para aqueles que o rezarem e diz a Domingos: "vai e prega o rosário". A partir de então, assim fez o santo e os frutos começaram a aparecer duma maneira impressionante. Diz então o Padre Duarte que "o segredo para o apostolado é obedecer ao céu", fazer a vontade divina.

De seguida o Pe. Duarte referiu outros momentos importantes na história nos quais o Rosário foi protagonista. O primeiro exemplo foi a batalha de Muret, na qual pouco mais de mil cruzados liderados por Simão de Monfort derrotaram o exército albigense que apenas nesse dia (12-IX-1213) perdeu entre 10 e 15 mil homens. Depois falou na batalha de Lepanto, em que o Império Otomano (islâmico), contando com 230 navios, foi derrotado por uma armada cristã menor, que apenas perdeu 12 navios contra os 190 navios turcos capturados/destruídos, libertando assim 12 mil cristãos captivos. A armada cristã fora reunida pelo Papa S. Pio V que era dominicano. E sabendo da perniciosidade da sua posição militar, o Papa ordenou que todos os mosteiros e conventos romanos intensificassem a recitação do Rosário pela batalha que aí viria. Estando em Roma no momento em que a batalha terminou, sem possibilidade de o saber, S. Pio V anunciou que tinham vencido e desde então consagrou o dia da batalha (7-X-1571) a Nossa Senhora do Rosário.

Então, o Padre Sousa Lara prosseguiu a conferência destacando a importância do Rosário em todas as aparições de Nossa Senhora. Referiu como em todas as aparições de Lourdes, Nossa Senhora rezou o terço com Santa Bernardette Soubirous e como nas últimas rezou, inclusivamente os três terços que compõem o Rosário. Falou também da história do Beato Bartolo Longo, "o verdadeiro apóstolo do Rosário", um sacerdote satânico que se converteu, entrou para a ordem terceira dos dominicanos, e em reparação dos seus pecados propagou a devoção do Rosário, fundando o Santuário de Nossa Senhora do Rosário de Pompeia.

O Padre Duarte continuou, falando nas aparições de Fátima, cujo centenário celebramos, referindo como em todas as aparições há um pedido comum: "rezem o terço todos os dias!" Referindo como, quando Lúcia perguntou a Nossa Senhora se o Francisco ia para o céu esta respondeu que sim, mas que antes teria de rezar muitos terços, e como, em Julho de 1917, Nossa Senhora disse que apenas a Senhora do Rosário lhes poderia valer. Antes, para demonstrar como Fátima é essencial no nosso apostolado contou como quando pergunta a alguém se gosta de Nossa Senhora de Fátima e respondem que sim, ele diz: «então e já pensou, que um dia vai morrer, vai ver Nossa Senhora e ela lhe vai dizer: "então o terço, meu filho?"»

Pomos a nossa esperança noutros remédios não tão eficazes. O terço resolve!

Após esta história do Rosário, o sacerdote falou da importância do Rosário na vida de três santos modernos. Contou como o Padre Pio, um dos maiores místicos da história da Igreja, escreveu no seu diário em 1929 que prometia a partir daquele dia rezar diariamente 5 Rosários (15 terços!). A lógica tinha sido simples: Nossa Senhora mostrou-nos do céu qual é a melhor maneira de lá chegar, quando ao longo da história nos veio mandando rezar o terço. Portanto não é preciso fazer muita coisa. Só é preciso rezar muitos terços. Certo dia uma senhora disse ao Padre Pio que lhe fazia impressão como é que ele conseguia rezar tantos terços, ao que ele respondeu: "e a mim faz-me impressão como a senhora consegue rezar tão poucos." - Ups!, diz o Padre Duarte, entre gargalhadas da audiência. O Padre Pio era tudo à bruta! (...) Eu gosto muito do Padre Pio.

Depois, o Senhor Padre frisou duas frases da Irmã Lúcia, vidente de Fátima:
"A seguir à Missa, o terço é a oração que mais agrada a Deus."
"Não há nenhum problema, espiritual ou temporal, que não possa ser resolvido com o terço."

O Padre Duarte falou ainda sobre S. João Paulo II, como aquele que lhe mostrou que é possível ser santo e que ser santo é sinónimo de ser feliz. Reforçou que tudo o que é honesto é ocasião de amar a Deus e que o pecado desumaniza. Destrói o homem! Depois contou como S. João Paulo II tinha um grande sentido de humor. Certo dia, ainda Cardeal Wojtyla, chocou um outro cardeal dizendo-lhe: "Sabe? Na Polónia, 50% dos cardeais fazem ski." O outro cardeal, impressionado, não fazia ideia que apenas havia dois cardeais polacos. Quando foi eleito mandou construir uma piscina em Castel Gandolfo e quando um Monsenhor da cúria lhe disse que a obra era muito cara ele respondeu: "é mais caro eleger outro Papa." Tudo isto vindo do homem que disse: "O Rosário é a minha oração preferida. Uma oração maravilhosa pela sua simplicidade e profundidade." - Um Papa muito mariano.

O exorcista, de seguida, referiu três grandes objecções típicas à oração do terço:
1. "O terço não é uma oração litúrgica." - E então? - responde o Padre - Deus quis dar ao terço uma eficácia sublime. É ver todos os exemplos já deixados.
2. "O terço é repetitivo." - O amor é repetitivo! Vejam os namorados. Todos os dias: "estás muito bonita hoje" - algum dia ela se queixa?
3. "O terço é uma devoção a Nossa Senhora, mas nós somos cristãos." - Uma ideia protestante que entrou na Igreja. - diz o Padre Duarte. Olhar para Maria aproxima-nos de Jesus! Ele veio a nós por ela. No terço rezamos a oração que Jesus nos ensinou, no centro da Ave Maria está Jesus: "bendito o fruto do vosso ventre...", meditamos os mistérios da vida de Jesus. O terço não podia ser mais cristocêntrico.

A seguir, o Padre Duarte Sousa Lara falou do Pai Nosso como uma das orações que compõe o Rosário: O Pai Nosso é a oração mais perfeita. Devíamos meditar mais nele. Primeiro indica a quem pedimos e depois fazemos 7 petições.

Contou, posteriormente, como o Papa João Paulo I dizia, com graça, que já tinha feito o funeral ao seu amor próprio desordenado. (À sua soberba. Ao que lhe impede de amar mais a Deus.) Só que ele ressuscita...

Em seguida, falando sobre si, afirmou que até aos 20 anos não rezou o terço. Que em casa não rezava e apenas os avós maternos o faziam diariamente. Que foi muito importante para ele ler as Memórias da Irmã Lúcia. E que certo ano animou um campo de férias de Sairef e que todas as noites, às tantas da manhã, depois de mil actividades, os animadores se juntavam para rezar o terço e lá ia ele. No último dia, numa partilha reforçou como Nossa Senhora tinha dito em Fátima para rezar o terço todos os dias. O ambiente ficou pesado... Tentanto desanuviar o ambiente disse o Padre Nuno Serras Pereira, que os acompanhava: "e tu rezas?" - ao que ele respondeu que não. Aí percebeu que não podia apregoar uma coisa e viver outra e desde então reza o terço todos os dias, rezando hoje mais do que um. Começou a rezar o terço e acabou hoje com "esta bonita fatiota", referindo-se à batina. O Padre Duarte explica como isto é como as mudanças (caixa de velocidades) do carro: ia em primeira, começou a rezar o terço - segunda! - depois a fazer a devoção dos Primeiros Sábados - terceira! - e só pára quando quisermos que pare. A nossa relação com Deus só pára quando quisermos. Quanto mais rezarmos mais nos aproximamos de Deus (apesar de não ser matemático). Há uma relação entre a oração e a caridade.

Nossa Senhora prepara-nos para tempos difíceis que já começámos a viver. Nossa Senhora aparece e diz: "muitas almas se perdem..." Vivemos uma crise tremenda. Tempos dramáticos espiritualmente: paganismo; escândalo que incita as crianças ao pecado; aborto. Estamos a bater no fundo. Mas não podemos ser como alguém que tem um cancro e não aceita isso. Temos de fazer a quimioterapia, para termos uma chance. A humanidade vive um cancro espiritual. E não estamos a tomar o remédio. Mas há esperança: conversão! A palavra que resume Fátima.

Há palavras que assustam, na Igreja: não se pode falar de pecado. - "Senhor Padre, não diga isso!"
E depois na catequese: "Jesus é meu amigo!" - E é verdade. Catecismo, volume 2: "Jesus é muito meu amigo!" Catecismo, volume 3: "Jesus é mesmo mesmo mesmo meu amigo." Crisma: "Jesus é o melhor amigo do mundo." - Então e os 10 Mandamentos? "Não sei." E fingimos que está tudo bem.

"Senhor Padre, o senhor é um bocado negativo..." - Paciência. Não se importa de ser negativo. Quer é ajudar as pessoas a ir para o céu. Quer fazer o que o céu pede. Resumindo e concluindo: Rosário! Rosário! Rosário! Recomenda vivamente, já que experimenta todos os dias. Uma penitência para ele seria: "amanhã não podes rezar o Rosário." - não sabe como geriria isso. Uma pessoa quando gosta nunca mais larga. Portanto, quem tiver coragem experimente: não tem contra-indicações.

Para terminar, o blogue Senza perguntou ao Padre Duarte, na sua experiência como exorcista, qual a reacção do demónio ao Rosário. Se alguma vez tinha dito alguma coisa ou reagido de alguma maneira.

O Pe. Duarte respondeu que o demónio detesta o terço, quer a oração, quer o objecto. Que nos 311 casos graves que assistiu insistiu sempre na obrigação de se rezar o terço todos os dias. Que nos casos graves as pessoas nem são capazes de o fazer. Parece que desmaiam, estrebucham, gritam... Muitas vezes os terços partem-se ou perdem-se. O próprio objecto, durante os exorcismos, causa incómodo ao demónio. É uma das orações que o demónio menos gosta!


Reportagem Senza Pagare


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