quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Papa Francisco compara a propaganda LGBT à propaganda nazi

Com a história dos coelhos, algumas palavras do Papa passaram despercebidas à grande maioria da comunicação social e do grande público. Porém, uma leitura mais atenta da conferência de imprensa a bordo do avião, no regresso da viagem ao Sri Lanka e Filipinas, não deixa margem para dúvidas: O Papa comparou a propaganda LGBT, chamado-lhe "colonização ideológica" que ataca a família, com as tácticas usadas pelas ditaduras do séc.XX, nomeadamente a juventude fascista de Mussolini e a juventude Hitleriana do regime nazi.

Para melhor compreender como funciona essa "colonização ideológica", o Papa Francisco recomendou um livro do escritor inglês Robert Hugh Benson, chamado "Lord of the World" (Senhor do Mundo). Este livro, escrito em 1907, descreve a criação de uma religião que, no séc.XXI, põe o Homem no centro (em vez de Deus) e que deriva de um conjunto de ideias anti-cristãs, que levam por sua vez à perseguição e quase extermínio da Igreja Católica.

A pergunta foi feita um jornalista alemão que pediu ao Santo Padre para explicar melhor essa tal "colonização ideológica", à qual se tinha referido no encontro com as famílias. Eis a resposta do Papa Francisco (transcrita do site da Santa Sé):
Quanto à colonização ideológica, direi apenas um exemplo que eu mesmo constatei. Há vinte anos atrás, em 1995, uma Ministra da Educação pedira um grande empréstimo para construir escolas para os pobres. Deram-lhe o empréstimo com a condição de que, nas escolas, houvesse um livro para as crianças de certo grau de escolaridade. Era um livro escolar, um livro didacticamente bem preparado, onde se ensinava a teoria de género. Esta senhora precisava do dinheiro do empréstimo, mas havia aquela condição. Sagaz, disse que sim e fez preparar outro livro, tendo dado os dois e assim resolveu o problema...

Esta é a colonização ideológica: invadem um povo com uma ideia que não tem nada a ver com o povo: com grupos do povo, sim; mas não com o povo. E colonizam o povo com uma ideia que altera ou quer alterar uma mentalidade ou uma estrutura. Durante o Sínodo, os bispos africanos lamentavam-se disto mesmo: que, para certos empréstimos, se imponham determinadas condições. Limito-me a dizer este caso que vi.

Porque falo de «colonização ideológica»? Porque agarram-se precisamente à necessidade dum povo: aproveitam-se das crianças para ali entrar e consolidar-se. Mas isto não é novo. Fizeram o mesmo as ditaduras do século passado; entraram com a sua doutrina. Pensai nos «Balilla», pensai na Juventude Hitleriana...

Colonizaram o povo; queriam fazê-lo. Mas, quanto sofrimento! Os povos não devem perder a liberdade. O povo tem a sua cultura, a sua história; cada povo tem a sua cultura. Mas, quando chegam condições impostas pelos impérios colonizadores, procuram fazer com que os povos percam a sua identidade para se criar uniformidade. Esta é a globalização da esfera: todos os pontos são equidistantes do centro.

Mas, a verdadeira globalização – como gosto de dizer – não é a da esfera. É importante globalizar, não como a esfera, mas como o poliedro, isto é, que cada povo, cada parte mantenha a sua identidade, o seu ser, sem acabar colonizada ideologicamente. Estas são as «colonizações ideológicas».

Há um livro (desculpai, se faço publicidade!), há um livro intitulado Lord of the World [Senhor do Mundo]. Talvez inicialmente o estilo nos pareça um pouco pesado, porque foi escrito no ano 1907, em Londres; naquela época, o escritor viu este drama da colonização ideológica e descreve-o no livro. O autor é Benson; escreveu-o em 1907, recomendo-vos a sua leitura. Lendo-o, compreendereis bem o que quero dizer com «colonização ideológica».


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1 comentário:

Anónimo disse...

Porque defender direitos iguais para todos é o mesmo que meter milhões de pessoas em campos de concentração e invadir a Europa toda. Com saídas dessas da parte do representante máximo da Igreja Católica, como é que eles se podem admirar de perder fiéis?