sexta-feira, 21 de maio de 2010

Aura Miguel arrasa Cavaco Silva

O Papa bem nos avisou: “Precisamos de verdadeiras testemunhas de Cristo e não de pessoas falsas; sobretudo onde o silêncio da fé é mais amplo e profundo, como por exemplo na política.

Porque em tais âmbitos - disse o Papa em Portugal - não faltam crentes envergonhados que dão as mãos ao secularismo e constroem barreiras à inspiração cristã.” Pois, aqui está uma boa definição de Cavaco Silva.

Que pena, Sr. Presidente. Se o Sr. tivesse assumido a sua posição antes de Bento XVI vir ao nosso país, teria sido mais honesto para com o Papa e para com os portugueses...

Mas não. O Sr. tomou a típica opção que desprestigia a política: encheu-nos de palavreado e lindos discursos de sabor cristão, para afinal fazer o contrário do que insinuou durante os quatro dias que andou com o Papa. Para quê Sr. Presidente? Para ganhar mais votos?

O Sr. sentou-se lá à frente na missa e ouviu certamente o que o Papa disse: ”o acontecimento de Cristo é a força da nossa fé e varre qualquer medo e indecisão, qualquer dúvida e cálculo humano (...) mas é preciso que esta fé se torne vida em cada um de nós".

O Presidente da República fez exactamente o contrário disto, dois dias depois de se despedir do Papa.


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5 comentários:

antónimo disse...

De facto, foi incrivel o que Cavaco fez. Enganou quase todos os portugueses e procurou justificar com argumentos que roçam o absurdo.

Foi contra a sua convicçao pessoal? Entao porque nao avisou na campanha eleitoral que se propunha exercer o mandato assim?

Adoptou o "se nao os podes vencer, junta-te a eles" em relaçao 'a maioria de esquerda no parlamento?
Entao porque nao se demite?

Argumentou ainda que o seu veto iria apenas atrasar o inevitavel.
Sera' que e' com este espirito derrotista que Portugal vai ultrapassar a crise? E pergunto: se a moçao de censura tem passado e fossem convocadas novas eleiçoes, acha mesmo que a lei iria para a frente com tanta tranquilidade?

Finalizou dizendo que nao quer dividir os portugueses:
Dividir? Na rua praticamente nao oiço ninguem favoravel aos casamentos gays. A esmagadora maioria entende que poderao ver reconhecido o direito 'a junçao de habitaçao, mas nunca equiparar ao casamento. E, francamente, panasca continuara' a ser insulto por muitos e bons anos.

Senhor Presidente:
acabou de perder um voto nas proximas eleiçoes. Nao conte comigo.
Depois do desastre na gestao do dossier que animou o verao passado, volta a meter a pata na poça.
Em tempos de crise, Portugal precisa de um lider forte e convicto, nao de um medricas ou de alguem que se submete a interesses invisiveis e irreconheciveis.

Adeus.

mvs disse...

Quem fala assim não é gago.

Anónimo disse...

O Presidente vacila e cala demais. Mas neste caso explicou-se e bem. Andar a jogar ao gato e ao rato, a desperdiçar recursos em tempo de crise? Para quê???? O resultado era este!

Antónimo disse...

Gato e Rato? Pareceu-me mais um cão a fugir com o rabinho entre as pernas. Foi mesmo trise. Pois o expoente máximo da crise de Portugal acaba mesmo por ser esta decisão do Presidente. Fica para a Historia pelos piores motivos.

Diogo Morais Barbosa disse...

Cavaco Silva não perde o meu voto... porque nunca me enganou! Só poderá ficar admirado quem não acompanhou as propostas que lançou na sua campanha presidencial e os anos em que esteve a "exercer" (entre aspas, porque quando falou foi para dizer que não falava).

Infelizmente ainda não podia votar nas eleições presidenciais anteriores; mas lembro-me que todos os católicos se escandalizavam por quem eu apoiava. Agora riu-me quando falam. Porque note-se bem: a culpa não é apenas de Cavaco mas também de quem já votou nele. Nas presidenciais, exige-se um homem de cultura, não de economia (quase sempre assente no custo-prejuízo). A nível de valores, eles não diferem quase nada: a diferença é que uns afirmam aquilo que pensam e agem em consonância; outros dizem defender os verdadeiros valores e depois não agem em consonância. Que isto nos sirva de exemplo, para a próxima.