terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

A todos os homens de boa vontade

Carta Encíclica «Caritas in veritate» do Sumo Pontífice Bento XVI aos Bispos, aos presbíteros e diáconos às pessoas consagradas aos fiéis leigos e a todos os homens de boa vontade sobre o desenvolvimento humano integral na caridade e na verdade.

Os documentos da Igreja não são só dirigidas aos baptizados, mas também a "todos os homens de boa vontade". Por boa vontade entende-se a disposição para fazer o bem, mesmo que muitas vezes não se atinja o objectivo.

No outro dia dei por mim a ver um filme de três horas e meia na RTP Memória, nada mais nada menos que o Ghandi. A nível técnico posso dizer que o filme é de 1982, teve 11 nomeações para os óscares, e ganhou 8 deles, incluindo melhor filme e melhor actor principal. Na prática o filme é sobre um homem que andava vestido com um lençol.

Mas que tipo de homem? Sem dúvida um homem de boa vontade. Educado como hindu, definia-se como hindu, muçulmano, cristão, judeu e budista. Uma autêntica salada russa, mas nevertheless este homem desafia-me, provoca-me, serve-me de exemplo em muitas coisas. Muitas frases lhe são atribuídas, e uma delas é esta:

"Não conheço ninguém que tenha feito mais para a humanidade do que Jesus. De facto, não há nada de errado no cristianismo. O problema são vocês, cristãos. Vocês nem começaram a viver segundo os seus próprios ensinamentos."

Mesmo que a citação seja falsa, e ele não tenha dito isto, poderia ter dito. É verdade que em muitas coisas ainda não somos cristãos, e por isso mesmo podemos ser causa de escândalo para um não-cristão. Além disso, é bom termos a humildade de tentar aprender com todos os homens de boa vontade.


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