quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Valha-nos (Santo) Hipócrates!

Aborto: Ordem dos Médicos não muda código deontológico
14.11.2007 - 20h50 Andrea Cunha Freitas

A Ordem dos Médicos (OM) não vai alterar o artigo 47 º do código deontológico que considera a prática de aborto como uma “falha grave”, tal como tinha pedido o ministro da Saúde na sequência de um parecer da Procuradoria-Geral da República que manda “repor a legalidade” nesta matéria.

“Amanhã [quinta-feira] vamos escrever uma carta ao senhor ministro explicando que a independência, autonomia e liberdade dos médicos não são negociáveis e que, por isso, não vamos alterar o nosso regulamento”, adiantou o bastonário Pedro Nunes que dará uma conferência de imprensa sobre o polémico assunto.
A decisão do conselho nacional da OM será conhecida no último dia do prazo de um mês dado por Correia de Campos para a “reposição da legalidade” no código.
O bastonário nota que concorda com o parecer da PGR quando este refere que, em caso de discrepância, a lei se sobrepõe ao código deontológico mas discorda da necessidade de alterar o regulamento por causa disso. E exemplifica: “O limite legal para andar na estrada é 120 quilómetros por hora mas não precisamos de mudar os veículos para saber que temos de cumprir a lei”.


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3 comentários:

João Silveira disse...

agora o ministro da saúde quer processar a ordem dos médicos!

como disse o pe.zé manel numa peregrinação, há uns anitos: o gajo passou-se!!

Senzhugo disse...

a consciência errónea não se muda de um dia para o outro.
o ministro não percebe que a lei é que se submete aos Princípios e não o inverso.
Todas as profissões têm princípios e não é pelo facto de esses princípios constarem formalmente de um regulamento que poderão ser postos em causa cada vez que muda a lei.

Os nazis também cometeram as maiores atrocidades com base na lei, pois esqueceram-se dos Princípios.

João Silveira disse...

Pois é, quando a lei diz que uns são seres humanos, e os outros não são, as maiores atrocidades podem ser legais.

Os nazis e os defensores do aborto livre conseguiram ascender ao poder e que os seus Princípios fizessem parte da lei.

A luta dos Aliados contra os nazis é agora a nossa luta contra o aborto...sempre com a jubilosa esperança que chegue o dia D!