quinta-feira, 1 de junho de 2006

Evoluir ou não, eis a questão


No outro dia, no seguimento de uma conversa sobre maneiras de vestir, surgiu-me uma pergunta: qual o papel dos católicos na questão do pudor no vestir?


É natural a “evolução” da indumentária, basta olhar para as fotografias de há 20 anos atrás, e é impossível não gozar com a pessoa, porque nos parece absurdo como alguém se poderia vestir daquela maneira. E essa evolução tem-se manifestado através de uma tendência, mais ou menos contínua, de diminuição da quantidade de roupa a tapar o corpo. Há coisas hoje em dia que nos chocam (tal como chocaram pessoas no passado certamente), e que são vistas por muitos (não todos) católicos (e alguns não católicos) como atentados ao pudor, faltas de respeito para com as outras pessoas. Claro que os católicos não têm o monopólio do zelo pelo pudor, mas se calhar têm maiores motivos para serem seus defensores, pela ligação que tem com a pureza e castidade.

E, olhando para o que se passa hoje, poder-se-ia dizer que esses católicos não aderem a esse “exagero” na desnudez, defendem uma moda ligeiramente mais conservadora. Ou seja, em termos de moda, estão atrasados em relação à “evolução” da sociedade em meia geração ou um quarto de geração, ou, em algumas coisas, apenas nuns anitos.

A pergunta que ponho é a seguinte: será que os católicos devem tentar apenas atrasar as modas mais “ousadas”, para daqui a uns anos aderirem a essas modas, porque entretanto outras “mais à frente” apareceram? Será que os católicos são uma tentativa de travão, mas que não quer realmente parar o comboio da nudez (lol!), porque o vai seguir mais tarde ou mais cedo? Será que é isto que Cristo nos pede?

Faço esta pergunta, não sabendo a resposta, e incluindo-me claramente nestes que tentam atrasa, mas que com o tempo se habituam às coisas, e começam a achar tudo natural.

Salvo todas as comparações, e compreendam mesmo que não tou a querer comparar as situações, mas a evolução das atitudes perante o problema. Em relação ao aborto, há 20 anos os católicos lutavam contra o aborto em todas as circunstâncias. Perdemos a batalha, e foi aprovada a lei que permite o aborto em três “casos especiais”. Entretanto passou o tempo, e a nova batalha era contra a legalização do aborto até às 10 ou 12 semanas. 

Esquecemos completamente a batalha antiga, e lutámos com todas as forças a favor da lei que há 20 anos achávamos imoral. Também nisso “evoluimos”, esquecendo a Verdade que nos fez ter a primeira luta. Com o tempo habituámo-nos à lei das excepções, que consideramos hoje em dia como um mal menor. Mas não é um mal menor, permite que se matem crianças, e deveriamos lutar contra essa lei, mas já não o fazemos. Será que daqui a uns anos teremos os católicos a lutar contra a legalização total do aborto, mas considerando aceitável o aborto livre até às 12 semanas? Rezo para que não...
TTES

João Silveira


blogger

45 comentários:

mvs disse...

A Jacinta, quando veio para Lisboa, teve ainda algumas aparições de Nossa Senhora e depois confidenciava as mensagens que Ela lhe dava a uma senhora, a quem chamava madrinha. Uma vez disse-lhe: "Hão-de aparecer umas modas que vão ofender muito a Nosso Senhor."´
Há coisas que não são necessariamente uma questão de evolução - caso contrário caimos no relativismo... Certos valores não podem seguir com as modas. Por isso é que cantamos que "é possível avançar contra a corrente."

inésia disse...

as modas que ofenderão Nosso Senhor não serão com certeza os tops... parece-me mais q seja a moda dos divórcios, dos ajuntamentos, do relativismo...

Senzhugo disse...

não devias ter misturado dois temas no mesmo post, por issso deixo de lado o das técnicas de abordar o referendo do aborto.

Alguém andava em calções de banho ou bikini nas praias há 80 anos? Ou melhor, havia alguma moda de ir para a praia com a parca roupa que vamos hoje?

Isso não choca ninguém. Jesus não perdeu tempo com coisas poucas, mas com o essencial.

Também aqui o bom senso deve imperar. Devemos ir de fato e gravata para a praia? lógico que não. Devemos vestir t-shirt e calções para ir a um casamento? Significa isto que as vestimentas devem ser adaptadas ao contexto. O que não quer dizer que circunstâncias exepcionais não permitam outra atitude.

Não vou deixar de ir à missa pq venho da praia em calções e t-shirt. Nâo me vou é por no altar à frente de toda a gente.

Vejo que estás a ler o livro, rapaz. Muito bem!

inésia disse...

o joão referia-se a decotes até à china, barrigas à mostra e mini-saias, julgo.
há vestimentas q realmente são o descalabro, q n deviam sair à rua em circunstância alguma, mas n me choca nada, na linha do hugo, um decote numa festa, desde q ele n vá para a missa ou para a sala de aula

Pipos disse...

Inês, explica melhor o teu ultimo comentario,sff ;)

Acho q um top pode criar tentações, e se for na missa há problema, m se for numa festa já n há? acho q temos de ter cuidado c isto...

inésia disse...

n pensei no top como potencial criador de tentações. e qdo falei de top podia ter falado de xanatos

Senzhugo disse...

o que a inês disse é que não lhe choca que miúdas usem decote até à china, desde que eu não vá à missa nem pra uma sala de aula.

Pois às vezes basta um decote até à india ou paquistão para criar tentação. aliás, tenho dúvidas que alguns decotes tenham outro objectivo que não esse.

inésia disse...

então eu devo ser mt ingénua...

Anónimo disse...

Eis o grande problema! Estou cada vez mais convencido disto.

Tu não és ingénua Inês, és rapariga. Por seres rapariga, (bem diria La Palisse) não és rapaz, e por isso não percebes como funciona a cabeça dos rapazes.
Durante anos eu pensava que as raparigas usavam decotes, biquinis ultra-pequenos, mini-saias... tinham que ter noção do efeito que isso provocava nos rapazes. Eu sabia-o, era evidente, logo elas também o deviam saber.

Depois ouvia algumas a dizer que não, que usavam porque se sentiam bem, etc. etc. e pensava para comigo que elas eram era muito espertas, não tinham como não saber.

Hoje já aprendi que não é bem assim... algumas sabem, não digo que não, mas a esmagadora maioria, em especial as bem intencionadas, não fazem a menor ideia. Como a Inês, põem as chanatas ao nível dos tops, não percebem que as chanatas não fazem ninguém fantasiar ou perder a compustura, mas o top, a mini-saia, ou o biquina miniatura podem fazê-lo.

Depois há a coisa mais irritante de todas. Se alguém lhes diz para terem cuidado porque podem estar a ter esse efeito sobre os rapazes, isso só pode ter uma explicação, na cabeça delas "São uns tarados"...
Isto irritava-me até há pouco, agora percebo melhor. Elas pura e simplesmente não percebem como nós funcionamos, como pensamos e como reagimos. Não percebem que nos poderiam estar a facilitar a vida, em termos de castidade e pureza (de actos E de pensamentos) se fossem um bocado mais contidas. Tarados? Se sim, somos todos, e nesse caso será defeito do criador e não da criatura. Como o criador não tem defeitos, não pode ser esse o problema...

Este problema tem dois níveis. Tem o nível do respeito e da etiqueta. Não tem mal nenhum andar de calções de banho... estou para ver quantas raparigas têm pensamentos impuros por verem a maioria de nós de fato de banho, mas não vou para um casamento assim vestido. É diferente, é uma questão de respeito pelos noivos, uma questão de etiqueta social, que também é importante. Mas Deus não quer saber de etiqueta, quer saber de intenções e virtudes. Se o teu decote me dificulta a vida, no que diz respeito às virtudes da castidade e da pureza, então devias pensar em mim e ajudar-me. Não faz de ti porca, ou vadia, a culpa não é tua, poderá até ser minha, mas é como sou... já agora podias ajudar.
É uma discussão complicada esta, e repito, que a grande complicação está na forma completamente diferente que homens e mulheres têm de pensar.

Pipos disse...

Eu n consigo perceber assim tão bem que as raparigas são tão ingenuas e usam apenas pra se sentir melhor... pq se reparares vestem-se assim pra ir pra noite, pra praia c amigos...
se tiverem c os pais já e diferente, como já n interessa.

Quanto à questão das chanatas em casaentos, acho q é obvio e tamos todos de acordo c o q o filipe disse.

Pipos disse...

A diferença tá nos pensamentos de rapazes e raparigas...... m há rapazes e rapazes e raparigas e raparigas..

Duarte 16 disse...

Qto a mim essa história do fato de banho na Missa é ridiculo. o problema não é que não deves ir a Missa de fato de banho. Eu acho impróprio, mas se te visse não te diria que não devias ir à Missa. Porque se for sem querer não há problema...

Para mim o que é triste é que as pessoas acham normal ir de fato de banho para a Missa. Já tive esta conversa com a maior parte das pessoas deste blog. Eu vou à praia e levo tb uns calçoes e uma t-shirt para mudar a seguir, não custa nada.
Estranho como mais ninguém se lembra disso, apesar de todas as vezes que falamos disto. Só posso concluir que de facto se estão a cagar pra isso, pq como vão vestidos para a Missa não é importante. Uma pessoa esquece-se uma vez e depois lembra-se, se planeia ir o dia todo pra praia e depois à MIssa então já sabe que não vai ter tempo de ir a casa, leva uma mochila e muda de roupa! Mas nng quer ter trabalho, não me venham é smp com a mesma desculpa esfarrapada do "ah, agr não tenho tempo de ir a casa mudar de roupa..."

Fico irritado c isto só pq há hipocrisia. Ou se diz que não faz mal menhum ir para a missa de chanatas, como se eu tivesse num bar, ou então faz-se um propósito (que nao é nada dificil) de ir vestido como uma pessoa normal.

Eu acho que é uma questão de respeito

Duarte 16 disse...

Eu sei que isto tudo parece a despropósito neste post, mas não é! Há uns anos tb nng ia para a Missa mal vestido!era só isso!

Qt ao resto, nem 8 nem 80, mas sim, há muitos abusos.
Mas os rapazes tão a ficar como as raparigas, com o fato de banho descaído até aos joelhos! E se eu quero levantar dinheiro vou a uma caixa própria, não preciso de o ver nas costas dos meninos "fashion" (peço desculpa a imagem)

inésia disse...

pipos em relação a usar roupas diferentes das que usamos c amigos qdo saimos com os pais, eu visto-me da msm maneira, consoante o sítio. claramente q se estiver c um nadinha da barriga à mostra qdo vou ter c a mh mãe, tenho o cuidado de puxar a camisola imediatamente p/baixo, pq caso não o faça, fá-lo-á a mh mãe, e ng c 22 anos gosta de ser visto nessas "críticas activas silenciosas".
filipe, obg pela explicação. nc tinha tentado pensar nas coisas com a vossa perspectiva

pguedes disse...

Post interessante para reflexão: A Evolução e a alteração das medidas com que avaliamos o que nos rodeia: do mais inofensivo (ou não) - a nudez - ao mais importante - a vida humana.

depois de um breve research sobre a evolução do fato de banho (explorando apenas sites idóneos) deparei-me com 2 factos curiosos:

1. Segundo o Wikipedia, o nome de Bikini vem de da zona de testes nucleares dos EUA - "Bikini Atoll" - por causa do efeito explosivo que pode ter no homem.

2. em 1907 a nadadora australiana Annette Kellerman visitou os EUA para participar num espectáculo de natação sincronizada e foi presa por "exposição indecente" porque o fato de banho permitia mostrar os seus braços, pernas e pescoço. Curiosamente em 1916 foi esta mesma pessoa que representou o primeiro papel em que aparece uma cena em Nu integral -filme "Daughter of the Gods".

(9 anos de diferença)

Pipos disse...

Inês, e uma rapariga normal que vai pra noite c os amigos, pensa como tu? n achas q há muitas q n pensam?

gostei do "critica activa silenciosa"...

Pipos disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
pguedes disse...

Rodrigues, a comparação dos bolos é de chorar a rir. A minha mente q por um lado, n é tão sensível a decotes por outro choca-se a exemplos destes: decotes & bolos Companhia Lda :)

Acho q a medida para este caso, não são centímetros mas naturalidade e discrição no que é importante - o nosso corpo.

Naturalidade & Discrição

para o caso dos Top's. Um rapaz consegue distinguir entre duas raparigas q estão a vestir o mesmo top, com um decote igual, aquela q o usa para provocar e aquela q usa como "indumentária" bonita, apropriada para a estação do ano e que lhe fica bem.

(nota: acho que a questão dos cêntimetros não tanta novidade como alguns de vocês fazem crer... e tb não concordo com a ideia de que a maioria das raparigas q provoca n o saber q o faz)

pguedes disse...

Acho q ainda ninguem deu a resposta ao Titulo do Post.

À questão Evoluir ou não, eis a questão respondo: Evoluir sempre! mas q Deus me proteja das tentações.

João Silveira disse...

Não era bem isto que queria discutir, mas enfim. Inês, acho piada à comparaçao entre ti e um bolo. Tinha tantas coisas p dizer, q nem sei como rebater essa analogia. O que o Filipe quer dizer é q homens e as mulheres não são iguais (e ainda bem!). Não é so na resposta a estímulos visuais, há mil coisas em que homens e mulheres pensam de maneira diferente, e é essencial ter noção disso muito especialmente no namoro e ainda mais no casamento. Só Deus sabe quantos homens se separam pq ficam desiludidos quando não conseguem q a mulheres pensem "como eles", e vice-versa.
Mais concretamente, as mulheres reagem mais ao q ouvem, os homens reagem mto mais ao que vêem. E aqui concordo com o Pipos, as mulheres não têm noção disto? Quando se arranjam estão atentas a todos os pormenores, e acham que um decote gigante é indiferente? São capazes de estar horas a ver se os brincos condizem com os sapatos, mas não ligam a tops e mini-saias? E dps quando saem não reparam na atitude dos homens em relação a terem mais ou menos roupa? Só podem estar a brincar, de certeza...
Começaram a discutir o bikini, e eu não estava a falar disso, mas da maneira de vestir em geral. A comparação com o aborto é so esta, será que os católicos devem ir baixando a fasquia, ou como dizia a Mariana, há certos valores que não podem seguir as modas?

João Silveira disse...

Não sei, é isso que estou a perguntar. Que valores sigo, os da moda? Os da sociedade? Os meus? Os de Cristo? Neste caso não consigo perceber,que valores ando a seguir...

pguedes disse...

silvas, não acho q a tua última questão esteja bem colocada. A moda n tem valores propriamente ditos e a maioria dos valores da sociedade portuguesa ainda têm base cristã.
A pertinência deste teu post interpreto-o mais no sentido da questão do caminho percorrido e que queremos percorrer, no caso particular da moda (tb colocas outra evolução moral/ético sobre o aborto).

como já tínhamos falado sobre isto, as minhas dúvidas assemelham-se muito às tuas: a dessensibilização do olhar, até que ponto é natural e o quanto deveríamos por vezes preservar com certa rigidez sobre pontos q provavelmente consideramos conservadores em exagero (ou excesso de pudor).

é precisamente aqui q eu n estou esclarecido (em que a solução - o céu como destino - pode n ter de ser a mais rígida / purista...n sei)

Anónimo disse...

Ha ha ha! A comparação com os bolos na pastelaria é linda, e resolve-se com a maior das facilidades:
O objectivo do dono do café é que as pessoas vejam os seus bolos e os queiram comer. Não os expõe por conforto ou por modas...
Se a rapariga mostra um grande decote pela mesma razão, então é claro que não quererá esconder. Se ela não quer que as pessoas olhem para os seus "bolos" e se babem, então se calhar devia pensar duas vezes antes de os expor...

Jo disse...

Hehe, vou escrever pela primeira vez neste blog!!!Ca vai a minha opinião...
Os bikinis sao dos anos que?! 50?! Sou da opinião que as modas e as épocas vão e vêm.. ou seja.. há altos e baixos e estão sempre a voltar (basta ver as calças à boca de sino ou os ténis allstar!).. assim.. se depois da 2ªGG as mini-saias arrasaram, ou se nos anos 50 os bikinis se tornaram moda, ninguém diria que as mulheres dos anos 80 conheciam sequer tais artefactos!!! =) nessa altura os bikinis não deixaram de existir, mas deixaram de estar na moda!!! Assim...o que eu diria é que há-de vir de novo o tempo em que os fatos-de-banho, as camisas (em vez de tops..) e as saias e calções compridos (em vez de mini..) vão regressar (se é que já não estamos nesse tempo de retoma!!!)! Acho sempre que, independente de modas, e podendo estar na moda... como Cristãos, defendendo a pureza e a dignidade da pessoa humana, devemos ser contidos...só isso!!! Dignos! assim, acho que a questão de "evoluir ou não", não se põe tanto nesses termos...devemos ser evoluídos..não devemos é ser indecentes!
A questão das rebarbadices, nem a ponho!!! ;)
Viva os chanatos e os tops!!!

inésia disse...

a moda que se recomenda em

http://www.nomiresmtv.com/php/secciones.php?id=10

Francisco X. S. A. d'Aguiar disse...

Bom, este é capaz de ser o post com mais comentários idiotas que já li neste blog!!!

A questão do pudor varia não só de sociedade para sociedade como de época para época numa mesma sociedade. Basta estudarem a história do vestuário na civilização europeia para pereceberem isto - no século XVIII as senhoras usavam decotes que nos dias de hoje seriam um escândalo para a maioria; no final do século XIX veio o puritanismo victoriano, em que homens e mulheres andavam tapados do pescoço aos pés.

Fala-se das raparigas e dos decotes, mini-saias e adereços, que são provocação. Que tal deixarem de ser hipócritas? Toda a gente sabe que se uma miúda não se arranja e não se veste de forma atraente é classificada ou como bisavó ou como mulher-homem (conforme os casos) e não há rapaz que lhe ligue a mínima. E também vão dizer-me que os rapazes, quando andam com metade dos botões da camisa desapertados, não o fazem para mostrar a peitaça e impressionar as miúdas?

O mundo é todo ele feito de tentações e o que Cristo nos pede é tão somente que tenhamos capacidade de resistir-lhes. Mas faz parte da natureza humana o exibicionismo e necessidade de impressionar e atrair o outro. Se assim não fosse, ninguém ligava a ninguém e as famílias não se constituíam.

Só mais uma achega em relação à moda: hoje em dia a questão da altura das saias e afins tem muito mais a haver com necessidades económicas do que com qqr outro motivo. Em anos de maior dificuldade económica, em que é preciso escoar os tecidos que não se vendem, a moda dita saias compridas; em anos de expansão a procura aumenta e portanto é preciso optimizar a matéria disponível, donde a moda dita sais curtas.

Quanto ao nudismo, simplesmente não é próprio da nossa cultura, não se preocupem. Mas tenho a dizer-vos que não há melhor que um banho de mar em pelota, numa praia deserta. LOL

Pipos disse...

O Aguiar começa a partilhar... ou ir lá pro fundo e por o fato-de-banho na cabeça.

E andas sempre de camisa aberta até ao umbigo, agr percebo pq! exibicionista! és um bisavô!

Anónimo disse...

Chora Isabelinha, chora. Estamos aqui para te consolar.
Com que então os homens viraram o bico ao prego...

Sabem onde é que os vossos argumentos se esfumam completamente? É quando mandam à cara a história dos perfumes e roupas da moda que os homens usam e compram. A do Aguiar, da peitaça à mostra, encaixa-se igualmente nesse lote... Então para os homens que normalmente escrevem aqui, essa é linda! Eu então, que me mergulho todas as manhãs em perfume, passo os fins de semana à caça de roupa da moda, e me orgulho dos meus robustos peitorais, sinto-me particularmente afectado.
Mas não... os vossos argumentos caem pela base quando revelam que na vossa cabeça os efeitos produzidos sobre uma mulher pelo peito à mostra, ou o cheirinho a perfume do homem, são equivalentes aos efeitos produzidos sobre um homem por um saudável decote ou umas nádegas redondinhas à mostra na praia.
Em que planeta é que vocês vivem? Mãos no ar todas as mulheres que, sinceramente, já foram assoladas por pensamentos menos próprios por terem visto um homem vestido com "roupa da moda"...
Mãos no ar todas as raparigas que vêm a este blog que, quando em grupo, comentam os rabos dos homens e os seus peitos e trocam ideias sobre as coisas sensuais que faziam com eles se tivessem a oportunidade.
Não são vocês que se orgulham de não ligar a esses aspectos? Não são vocês que gozam connosco por sermos tão susceptíveis a essas tentações? Então agora vêm aqui dizer que é tudo a mesma coisa?!
Das duas uma... ou somos diferentes e vocês assumem que somos de facto diferentes e deixam-se de essas comparações parvas, ou somos iguais e não só podem fazer as comparações à vontade, como podem fazer as malas e emigrar, porque o mundo está perdido. Se vocês pensam e agem e pecam em pensamentos e acções da mesma maneira como nós; se reagem às tentações da carne tão facilmente como nós... amigos, o mundo está definitivamente perdido.

Javardos! Gritam vocês.. os homens não passam de animais!.
Talvez seja, mas vamo-nos esforçando por não ser. Só reconhecendo que temos essa natureza decaída é que nos podemos libertar dela.
Vocês podem ajudar. Ninguém vos está a pedir para colocar burqas, mas podem ajudar-nos a nós e a outros homens evitando alguma exposição desnecessária, ou então podem não ajudar. Continuem a rir-se de nós e chamar-nos javardos e a comentar a fraqueza dos homens. Depois quero ver com que moralidade se zangam com os vossos maridos porque eles continuam a olhar e a babar-se com os decotes e os rabos das miudas que agora têm a vossa idade.

Uma última nota para falar dos decotes que as mulheres tinham no século XIX... vamos falar da noção de moralidade que reinava nessas alturas! Ai vamos vamos...
Será que não percebem que o problema não está no tamanho das saias... (Aguiar, o argumento económico arrasa...) estas até podem voltar a ser compridas, mas não sem levar uma racha até à meio da anca. O segredo está no poder de sedução. A roupa hoje em dia não se vende por ser mais ou menos bonita, vende-se pelo efeito de sedução que tem sobre os homens. Até podia ser uma burqa, se descobrissem uma forma de as tornar suficientemente sexys ao ponto de obrigar os homens a virar a cabeça quando elas passam.
Mas não, é a crise no sector do algodão que afecta isso... fiem-se.

João Silveira disse...

Touche!

Francisco X. S. A. d'Aguiar disse...

"Não usem decotes nem bikinis nem mini-saias para eu não pecar, vá lá, por favor, ajudem-me, ajudem-me!!!"
Filipe, tens noção de que isto é completamente patético?
É q as mulheres muçulmanas são obrigadas a usar as burkas exactamente para não serem razão de tentação do homem. Como mais ou menos exagero, estás a propor o mesmo.

Quanto à questão dos perfumes e etc, a verdade é que ainda há mulheres que preferem os porcos, feios e maus, afinal de contas, até tu te casaste.

Anónimo disse...

1º Isabel: Sim, está a mudar. Essencialmente pela chegada de um planeta qualquer muito distante, de uns seres que se autointitulam de metrosexuais. Sem grandes floridos, os homens estão-se a deixar transformar em gajas.
O facto das mulheres gostarem disso também diz muito... mas nem vou entrar por aí, se não apedrejam-me.
Eu já tinha pensado nessa das calças pelos joelhos. Mas mais uma vez cais no mesmo erro. Alguém vê isso e sente tentação? Talvez... Que possam achar que tem estilo, tudo bem, mas o que é que o homem está a dizer com essa atitude: "Olhem para mim, como sou maluco. Até uso as calças à volta dos joelhos" Duvido que algum deles pense "Estão a ver? Ui! Babem-se com o meu rabo tão bom".
É uma anormalidade à mesma, mas não me parece comparável.
Eu sei que vocês não se limitam a olhar para os lindos olhos. Sei também que comentam aspectos físicos dos homens. Mas não o fazem da forma como os homens fazem. Aliás, QUANDO o fazem da forma como os homens o fazem até vocês acham terrivelmente degradante, enquanto para os homens é visto (infelizmente) como a coisa mais natural do mundo.
Finalmente, Isabel, não vamos a extremos. Não tem mal um homem ou uma mulher arranjarem-se, porem-se bonitas/os, o que quiserem. O problema é quando esse "arranjo" se torna abusivo e faz passar a mensagem "Olhem para mim que não passo, para todos os efeitos de um bom par de maminhas e um rabo redondinho"... e isso acontece. Acontece sem intenção muitas vezes, e acontece com intenção umas outras tantas.
Quando a mulher se trata como um objecto torna-se dificil ao homem não a ver como um objecto.

Com isto passo para o
2- Aguiar: Nunca me viste aqui a dizer que as mulheres se deviam tapar todas. Para isso, não ia eu à praia... e olha que a ideia não é assim tão absurda quanto isso... tenho pelo menos um amigo que aos 15 anos deixou de ir à praia, porque não se sentia bem, precisamente por causa destas questões.
Sei perfeitamente que não se vai voltar atrás no tempo. Acho é que algumas mulheres deviam pensar um bocado antes de andar na crista da onda desta moda que muitas vezes acho abusiva.
É que repara, o primeiro efeito negativo de tudo isto é induzir os homens em pecado. Se é feito com intenção ou não, pouco interessa para o caso agora, mas acontece.
Contudo, o efeito a longo prazo é que, como escrevi a cima, o homem habitua-se a ver a mulher como um objecto. E quem vê as mulheres como objectos acabrá por tratá-las como tal.

Portanto, meninas (e Aguiar) não leiam aqui coisas que eu não escrevi. Vistam-se como quiserem, por amor de Deus, não sou vosso pai. Agora não digam, a partir de hoje, que não sabiam ou não podiam adivinhar que isso tem efeito sobre os homens. Nada disto desculpa ou legitima as reacções javardas e animalescas que os homens têm, não é uma questão de vitimização...
O grande segredo de tudo isto (e relembro que não estou a pensar nas mulheres daqui, as nossas amigas embora também seja bom terem isto presente) é que quando não respeitamos o nosso próprio corpo, e o tentamos usar para cativar os outros, passamos a ser vistos como um corpo apenas e tratados dessa forma. Não me digam que não conhecem uma só pessoa a quem isto se aplica... eu infelizmente conheço umas quantas.

Não quero ninguém de burqa... valha-me Deus. Quero moderação. No pensamento e no coração dos homens sobretudo, mas não fazia mal nenhum um pouco de moderação também na forma como algumas mulheres se vestem.

Pipos disse...

1- Isabel, sentes tentação qd vês um homem c as boxers todas a mostra? ou até gozas e achas q éum grd maluco?

A questão está na diferentes maneiras de olhar pras modas, da forma como olhamos.

Eu continuo a achar que as mulheres não são ingénuas e n se vestem c altos decotes só p se sentirem bem (ALGUMAS, e calculo que as q escrevem aqui, não o fazem dessa forma...).

Até o Alazé já usa ténis, será pra seduzir as raparigas, nessa sua mudança de estilo?!

Pipos disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Senzhugo disse...

Resumindo: miúdas, continuem-se a arranjar bem e nada de imitar o www.nomiresmtv.com
se puderem, não mostrem os rins na missa pq às vezes há quem se ajoelhe no banco de trás e escusa de levar com essa visão.

Pipos disse...

Depois tenho de ver as fotografias da peregrina e levar c regos à mostra.... pois é... m espero q tenha sido ingenuidade

João Silveira disse...

Isabel, já escreveste aqui q gostas de discutir tudo bem discutidinho, e depois de tudo o que o Filipe escreveu é essa é a tua conclusão?

Anónimo disse...

Isabel,
pode ser uma visão animalesca. Mas ao menos agora já sabes.

inésia disse...

parecesse ;)

Anónimo disse...

"Para além disso, pelos vistos era a esta que queriam que eu chegasse - o próprio filipe diz: "agora já sabes"... suponho que queira dizer que apesar de animalesca, é a verdadeira."

Mas é mesmo isso. Nem penses que levo a mal essa conclusão. Quanto mais cedo vocês perceberem que o homem na sua forma menos polida, é assim, mais rapidamente poderão compreender o efeito que as vossas atitudes, formas de vestir, coisas que dizem, etc têm sobre ele.

O que eu nunca disse é que o homem está condenado a ser um selvagenzinho para o resto da vida. Pode-se e deve-se trabalhar o domínio sobre o corpo e sobre os apetites mais animalescos. Essa é uma luta que nos cabe exclusivamente a nós. Se vos pedimos (às mulheres em geral) para ajudar de alguma maneira, ao retirar as fontes maiores de tentação, é porque queremos melhorar.
Daí a vocês andarem de burqas ou de serem umas porcas porque tiveram o acaso de nascer com maminhas mais ou menos salientes etc, vai uma grande distância que não vi ninguém aqui a tentar percorrer.

João Silveira disse...

Nota: não vou concluir nada, nem dizer nenhuma "graçola", para não ferir a susceptibilidade da Isabel.

Anónimo disse...

Já está?

Senzhugo disse...

Não está. por isso digo eu:
já percebi pq abandonar criança é igual a abandonar animal. estão a falar de nós, homens, na nossa vertente animalesca em potência.

(e pronto. Foi a graçola que se arranjou, n peçam melhor).

Francisco X. S. A. d'Aguiar disse...

Há uma grande diferença entre a resistência à tentação por mudança interior ou por falta de factores exteriores. O Filipe acha que os homens são uns pobres desgraçados que não são capazes da mudança interior. Lamento, não partilho e nunca fui apologista dos facilitismos.
Mas isso sou eu, q tomo banho, ponho perfume e penso no que vou vestir.

Anónimo disse...

Francisco,
és capaz de me explicar como é que chegas a essas conclusões?
É claro que o homem é capaz de fazer uma mudança interior. Mas se os factores exteriores forem uma constante fonte de tentação isso não vai facilitar a tarefa.

As mulheres podem, se quiserem, dar uma ajuda nesse campo. Pelo menos aquelas com quem nos damos mais e que sabemos partilhar os nossos valores. Não têm que dar essa ajuda, mas pelo menos devem ter a noção de que quando se vestem de certas maneiras, para muitos homens passam a ser vistas como meros objectos.
O mal está nos homens? CLARO QUE ESTÁ!!

Se eu tenho um amigo que come demais e por isso está a ficar cada vez mais gordo, cabe-lhe a ele fazer a mudança de espírito interior para se controlar e comer menos. Mas também seria simpático, no mínimo, eu não passar a empaturrar-me de chocolates à frente dele sempre que estamos juntos, nem levá-lo a passear para lojas de guloseimas.
(Esta discussão valeu a pena, nem que fosse para escrever a palavra guloseimas...)

João Magriço disse...

Eu não tenho vindo cá, mas adorei a discussão. Ri-me, aprendi como alguns pensam e factos históricos sobre a questão da moda. Mas foi preciso chegar quase ao fim para ver alguém dizer que nós (homens), pelo menos alguns, nos esforçamos por não ser esses animais que nos pintam.
Uma coisa também admito, sempre que me visto, com mais botões ou menos botões na camisa, é porque me sinto bem assim e não poruqe vou criar pensamentos x ou y nas raparigas, e de certeza que bastantes rapazes fazem o mesmo (se digo todos ainda sou apedrejado). Por isso percebo as raparigas querem dizer qd se vestem pq se sentem bem assim.
O Zé ainda foi quem abordou melhor esta questão. Os índios da amazónia podem ser tão cristão como nós e não pensam na vizinha de modo obsceno por ela andar nua, porque toda a gente anda nua, aprenderam a controlar-se. Por outro lado, na Arábia Saudita, de certeza que alguns olhos de algumas mulheres também causam pensamentos impuros a alguns homens.
Tentações haverá sempre independentemente da maneira como elas se vestirem...